FÃ VIROU SINÔNIMO DE BIRUTA
Você acha o Batman um cara
esquisitão por usar capa e sair à noite para estapear bandidos? É
porque não prestou atenção em alguns dos seus fãs. E não são só eles. Fãs de
cinema, de música e de livros estão todos ficando malucos. Mais perigosos que
um pelotão inteiro da Al Qaeda.
Eu já estou meio acostumado às reações extremadas de gente que se irrita toda vez em que eu tiro sarro da Mallu Magalhães ou outra planária musical do tipo. Mas o nível de idolatria está atingindo níveis doentios. Nego confunde crítica negativa ao ídolo como ofensa pessoal.
O novo filme do Batman é um bom parâmetro. Fui assisti-lo vários dias depois da estreia. E sai meio “assim-assim” do cinema. É bacana, bem feito. Mas é longe de ser a 8ª maravilha que muitos andam falando por aí. Falei isso para algumas pessoas e elas ficaram chocadas. Para elas, a nova trilogia do Batman é uma obra prima imortal. Na boa, o sujeito tem que passar batido sobre milhares de anos de evolução artística, das pinturas nas cavernas até Picasso, para falar um troço desses.
O pior é a reação às críticas. Críticos gente fina e com pegada pop como Roberto Sadovski, AndréForastieri e André Barcinski falaram mal do filme. Com argumentos, explicações concretas. E, mesmo assim, foram bombardeados por centenas de comentários furiosos, com direito a ofensas pessoais. Coisa de xiita surtado. Algo semelhante aconteceu com as críticas ao filme Prometheus – que também não achei tudo isso, não.
Vou confessar: eu acho o Batman do Christopher Nolan meio bundão. Nos filmes, os vilões levam sempre a melhor. O Batman que eu conheço de quadrinhos como “Cavaleiro das Trevas” é um cara que mete medo na bandidalha e resolve as paradas pra valer. Já o de Christian Bale, não. Os vilões o fazem de gato e sapato e ele fica com aquela cara de criança emburrada, de biquinho. Frustrante.
Eu continuo gostando de Batman. Assim como os críticos. Mas para muitos fãs isso não basta. Vejam o que acontece com fãs de Caetano. Todo e qualquer peido do menestrel deve ser celebrado com um novo Sermão da Montanha. No dia do aniversário de Caê, o site Papo de Homem republicou um texto meu zoando o “ídolo”. Teve manolo subindo nas tamancas e quase declarando uma jihad. Foi divertido de ler.
Mas, enfim, o que tá faltando a esse povo? Sexo? Rivotril? Não sei. Eu sou fã assumido de 007. E sei de todos os absurdos que aparecem nos filmes. Critico fala mal? É papel do crítico detonar aquilo que acha ruim. O mundo não precisa se alinhar 100% aos meus gostos. Pode falar mal à vontade, e daí? James Bond não é da minha família, cazzo. É só um personagem de quem eu gosto. Personagens e artistas merecem ser curtidos. Já idolatria é coisa de sujeito pancada.
Meninada: sejam fãs, mas relaxem. Não gosta de críticas? Não leia. E o Batman já é crescidinho para ser defendido por jovens ensandecidos, não acham?
Eu já estou meio acostumado às reações extremadas de gente que se irrita toda vez em que eu tiro sarro da Mallu Magalhães ou outra planária musical do tipo. Mas o nível de idolatria está atingindo níveis doentios. Nego confunde crítica negativa ao ídolo como ofensa pessoal.
O novo filme do Batman é um bom parâmetro. Fui assisti-lo vários dias depois da estreia. E sai meio “assim-assim” do cinema. É bacana, bem feito. Mas é longe de ser a 8ª maravilha que muitos andam falando por aí. Falei isso para algumas pessoas e elas ficaram chocadas. Para elas, a nova trilogia do Batman é uma obra prima imortal. Na boa, o sujeito tem que passar batido sobre milhares de anos de evolução artística, das pinturas nas cavernas até Picasso, para falar um troço desses.
O pior é a reação às críticas. Críticos gente fina e com pegada pop como Roberto Sadovski, AndréForastieri e André Barcinski falaram mal do filme. Com argumentos, explicações concretas. E, mesmo assim, foram bombardeados por centenas de comentários furiosos, com direito a ofensas pessoais. Coisa de xiita surtado. Algo semelhante aconteceu com as críticas ao filme Prometheus – que também não achei tudo isso, não.
Vou confessar: eu acho o Batman do Christopher Nolan meio bundão. Nos filmes, os vilões levam sempre a melhor. O Batman que eu conheço de quadrinhos como “Cavaleiro das Trevas” é um cara que mete medo na bandidalha e resolve as paradas pra valer. Já o de Christian Bale, não. Os vilões o fazem de gato e sapato e ele fica com aquela cara de criança emburrada, de biquinho. Frustrante.
Eu continuo gostando de Batman. Assim como os críticos. Mas para muitos fãs isso não basta. Vejam o que acontece com fãs de Caetano. Todo e qualquer peido do menestrel deve ser celebrado com um novo Sermão da Montanha. No dia do aniversário de Caê, o site Papo de Homem republicou um texto meu zoando o “ídolo”. Teve manolo subindo nas tamancas e quase declarando uma jihad. Foi divertido de ler.
Mas, enfim, o que tá faltando a esse povo? Sexo? Rivotril? Não sei. Eu sou fã assumido de 007. E sei de todos os absurdos que aparecem nos filmes. Critico fala mal? É papel do crítico detonar aquilo que acha ruim. O mundo não precisa se alinhar 100% aos meus gostos. Pode falar mal à vontade, e daí? James Bond não é da minha família, cazzo. É só um personagem de quem eu gosto. Personagens e artistas merecem ser curtidos. Já idolatria é coisa de sujeito pancada.
Meninada: sejam fãs, mas relaxem. Não gosta de críticas? Não leia. E o Batman já é crescidinho para ser defendido por jovens ensandecidos, não acham?
Marcadores: Dicas culturais estupidamente sinceras